Modelos socioepistemológicos e inserção institucional
Modelos socioepistemológicos e inserção institucional
Palavras-Chave:
Guy Berger; investigação em ciências de educação; metodologia das ciências de educação; problemática das ciências de educação; importância das ciências de educação; explicação e implicação nas ciências de educação.
Resumo:
O artigo baseia-se na realidade francesa da sua época, contudo, a situação portuguesa actual reflecte pertinentemente muitos dos aspectos, conseguindo assim aplicar a teoria da importância da investigação nas ciências da educação.
São referidas as pressões sociais para a produção de novos conhecimentos nas ciências sociais, tais como as manifestações por parte dos investigadores (que exercitam a prática) como por parte dos “investigados” (como alunos e/ou encarregados).
Berger mostra uma dualidade vincada entre a posição crítica que tomam e a de vontade de construir, de ajuda ao desenvolvimento, face às metodologias aplicadas (na prática) e implicantes (da teoria).
A consciência social apresenta-se de forma crítica, alegadamente, pela conhecida desconfiança pública na metodologia científica das ciências sociais.
Destaca a consciência pública para que tudo o que estas ciências englobam nos remeta a compararmos (mesmo que seja inconscientemente, por reflexo humano,) a qualquer outra experiência pessoal sendo esta “contaminada” pela nossa interpretação e/ou opinião. A investigação na educação deverá assim cumprir regras para que, ao ser aplicada pelos agentes sociais envolvidos – como os pais, escola e outras instituições – a pratiquem com uma melhor metodologia.
Admitem-se dois modelos de abordagem científica, nas Ciências da Educação:
- O modelo do saber algo desconhecido aos outros que, através de uma visão exterior. Posição tomada por Bourdieu, aquando o estudo de habitus dos grupos sociais desconhecendo o que possuem e cabendo assim ao sociólogo descortinar;
- O modelo de construir o saber, ou seja, com base nos cientistas e nos