Modelo Materialista Histórico
Francisco (2001) acredita que no modelo do processo de terapia ocupacional materialista histórico enfatiza-se o que esta concepção preconiza, no caso, a relação dialética do homem com seu trabalho e com o ambiente.
Nesta relação, ao transformar o meio através do trabalho, o homem se transforma, e, em uma sociedade dividida em classes, uma das características da saúde é manter este homem socialmente produtivo. Partindo desse pressuposto, é a classe economicamente dominante que determina cultura, educação, ciência e saúde, em um processo social que determina os conceitos de saúde e doença (FRANCISCO, 2001).
A prática de terapia ocupacional enquanto parte da organização social, assume um papel que pode ser de mantenedor, reformista ou transformador. Há uma solidariedade com o cliente e sua classe social e a ruptura da imparcialidade, passando a obter uma postura cientificista (FRANCISCO, 2001).
Neste modelo prioriza-se o tratamento grupal, pois o agrupamento de indivíduos por classe de origem facilita o trabalho de conscientização e aprendizagem do tratar de “questões coletivas”. A saúde é uma dessas questões, e sua aquisição ou manutenção ultrapassa o indivíduo, sendo, dentro da sociedade capitalista, uma questão de classe social (FRANCISCO, 2001).
Cesário e Teixeira (s/d) afirmam que o foco principal na corrente materialista-histórico (dialético) é a transformação do meio externo (condições sociais, políticas, econômicas, ambientais...). Esse modelo propõe uma reestruturação de vida, uma conscientização de classe, construção de um saber – fazer inserido nas práticas, nas relações e nas experiências. Situa saúde dentro de um contexto social, como resultado das condições de vida de uma população.
As ações do terapeuta neste processo são democráticas, cada indivíduo do grupo é responsável pelo fazer o processo acontecer. As ações do grupo mostram as necessidades deste, que levam à elaboração do projeto do