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RESENHA: A ética da eutanásia
Jéssica Fátima Silva Batista Graduanda em Direito

O artigo científico de Nargus Ebrahimi foi publicado em 2012, na Universidade de New South Wales. O autor é graduando em medicina.
O autor inicialmente mostra as discursões em torno da eutanásia na Austrália e no mundo, relatando como ela é vista pela sociedade, mas também sobre a perspectiva do paciente. Assim ele apresenta brevemente alguns argumentos contra e a favor, conceituando de forma simples a eutanásia.
Sendo assim ele diz a origem do termo eutanásia que vem do grego significando boa morte, demostrando assim a ideia principal que deveria ser associada a este termo. No entanto o artigo traz as diversas formas de eutanásia como a ativa, na qual geralmente acontece com a aplicação de drogas letais no paciente fazendo com que ele tenha uma morte rápida e indolor, a passiva que seria a suspensão de suprimentos básicos levando o paciente a morte com o decorrer do tempo.
Diante disto o autor faz uma indagação a respeito dessas duas formas de eutanásia, pois a forma ativa seria mais humana, levando em consideração os princípios da eutanásia, que são dignidade da pessoa humana e uma morte digna visando acabar com o sofrimento da pessoa. Esta forma ativa nestes casos seria a que se encaixaria melhor nos princípios da eutanásia.
Entretanto o autor também cita a diferença que há entre a eutanásia e o suicídio assistido tendo como principal diferenciação o fato da eutanásia ser assistida por um medico que acompanhará todo procedimento até a morte do paciente, e no suicídio assistido a droga é injetada no individuo que é acompanhado por amigos ou parentes próximos até sua morte.
Desta forma ele também deixa clara a diferença da eutanásia com outros termos que são por muitas vezes confundidos com ela como a doutrina do duplo efeito.
A seguir o autor fala da questão jurídica da eutanásia na Austrália, citando o fato do Território do Norte ter concedido por um tempo a maiores de 18 anos