Modelo de Negócio BRF
No dia 19 de maio de 2009, foi anunciada oficialmente a criação de uma das maiores empresas do ramo de alimentos do Brasil e do mundo denominada Brasil Foods S. A. - BRF, originada da fusão entre a Sadia e Perdigão. Essa fusão trouxe à tona uma série de questões, especialmente em relação à preservação da concorrência nesse mercado e o significado estratégico para o Brasil ao ter uma das maiores multinacionais de alimentos.
A ameaça à concorrência é sintetizada pelo fato das duas companhias compartilharem a liderança em vários segmentos de produtos, constituindo a capacidade de impor preços. Essa visão apoia a argumentação de determinados especialistas e órgãos de defesa do consumidor de que a Brasil Foods reduziria a competição e elevaria os preços de alimentos, opinião compartilhada pelo presidente da Nestlé, Ivan Zurita. Nessa linha de pensamento, a fusão deveria ser vetada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). Entretanto, a contra-argumentação trata de ressaltar que a natureza do mercado em relação aos competidores e produtos dificulta a capacidade de impor preços elevados. Esta tese foi levantada pelo presidente do conselho de administração da Sadia, Luiz Fernando Furlan, de que a Brasil Foods não colocará em risco a fidelidade do consumidor elevando preços devido à competição, mas, ao contrário “trará melhores benefícios de qualidade e também de preço".
De outra perspectiva, a BRF significa que duas gigantes do setor se uniram para ter maior robustez frente às tentativas de compra por parte de empresas estrangeiras e no sentido de fortalecer a competitividade no mercado nacional e internacional. Assim, a BRF sintetiza a necessidade da criação de multinacionais brasileiras para elevar a integração e fortalecimento da economia do país frente à economia mundial. Por isso o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, pretende dar suporte a BRF e justifica com a