Modelo de etnografia de si mesmo
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Sou a Paula, tenho 20 anos, nasci em Niterói e morei lá até os meus 11 anos. Em 2004 meus pais se separaram e nós - eu, minha mãe e meu irmão–fomos morar na Região dos Lagos. Mas antes de irmos a minha mãe teve que ir primeiro, já que eu e meu irmão estudávamos e estávamos no meio do ano letivo. Moramos praticamente sozinhos por 4 meses e achamos na nossa criação e na nossa cumplicidade o apoio para aguentarmos a saudade, as dificuldades de viver sem a nossa mãe no dia-a-dia. Apesar de saber que a vida tem um início, meio e fim, não me vejo sem o meu irmão, a minha mãe e ,apesar de estar bem ausente ultimamente, o meu pai. Não encaro a morte muito bem. Tenho medo de ficar sozinha no mundo sem a minha família. Sei que é a única certeza que nós temos na vida, mas ainda assim tenho medo. Atualmente moro no rio com uma amiga e com os tios dela por causa da faculdade e volto para Araruama nos finais de semana. Apesar de cursar Ciências Sociais não me sinto confortável para entrar em “debates”. Vejo-me perdida, não sei como dar o “ponta pé” inicial para ajudar a mudar essa sociedade, quero poder dar um futuro social melhor para as próximas gerações. Onde todos se respeitem seja no ponto de vista relisioso, político, sexual... E hoje vejo muitos colegas de classe debochando um dos outros quando dão suas opiniões e isso me incomoda muito. Apesar de não possuir uma religião respeito todas e acima de tudo acredito em Deus. Venho de uma família onde por parte materna são todos muito religiosos, são evangélicos e por parte de avô materno são católicos. Já por parte paterna existe o catolicismo e o espiritismo. Então desde cedo me vi entre religiões e passei a respeitar ser criticá-las. Creio que a salvação venha de Deus, sem Ele não vamos a lugar algum. Porém não acredito que para isso eu tenha que estar ligada a uma instituição