Modelo de educação tradicional
No século XVII, intensifica-se o comércio, a colonização atinge níveis empresariais e a Europa é inundada pelas riquezas extraídas da América.
Desenvolve-se o mercantilismo, sistema que supõe o controle da economia pelo Estado.
Aranha (1989, p.130-131) registra que o século XVII é politicamente absolutista, mas começam a surgir as sementes do liberalismo, corporificadas nas críticas ao excessivo controle estatal da economia e na reivindicação de o cidadão poder questionar a legitimidade do poder real. Ilustra este fato a ocorrência, em 1688, na Inglaterra, da Revolução Gloriosa que instaura a monarquia constitucional e liquida o absolutismo.
São características do pensamento moderno: o racionalismo; a busca pela laicização do saber; a luta contra os preconceitos e a intolerância; o resgate da dimensão humana; a implementação do método científico; a valorização da técnica. Novo saber que dá ao homem a possibilidade de ampliar sua ação sobre a natureza: “saber é poder”.
A escola tradicional sistematiza-se, a partir da publicação da obra
“Didacta Magna” escrita por João Amós Comênio (1592-1670) e se consolida a partir da atuação de Johann Friedrich Herbart (1764 – 1841) que foi o principal inspirador da Pedagogia Conservadora e/ou Tradicional.
O Modelo de Educação Tradicional, ou seja, a Pedagogia Tradicional privilegia as concepções de educação onde prepondera a ação de agentes externos na formação do aluno, o primado do objeto de conhecimento, a transmissão do saber constituído na tradição e nas grandes verdades acumuladas pela humanidade e uma concepção de ensino como impressão de imagens propiciadas, ora pela palavra do professor, ora pela observação sensorial. Segundo Silva (2000, p. 88-90), a Educação Tradicional caracteriza-se pela valorização: do ensino humanístico de cultura geral, do saber e conhecimentos já constituídos; da autoridade e orientação do professor; da
disciplina escolar; do aluno