Modelo De Compet Ncias
O modelo das competências profissionais começa a ser discutido no mundo empresarial a partir dos anos 80, no contexto da crise do capitalismo que se configura, nos países centrais, no inicio da década de 70.
No modelo de competências importa não só a posse dos saberes disciplinares escolares ou técnico-profissionais, mas a capacidade de mobilizá-los para resolver problemas e enfrentar os imprevistos na situação de trabalho. Os componentes não organizados da formação, como as qualificações tácitas ou sociais e a subjetividades do trabalhador, assumem extrema relevância. O modelo das competências remete, assim, ás caraterísticas individuais dos trabalhadores. Segundo Zarifan (2003) um modelo de competências implicaria em novas práticas de recrutamento, novo tipo de compromisso no que concerne á mobilidade interna, insitencias inédita na “responsabilização” dos assalariados e na questão da modificação dos sistemas de classificação e de remuneração.
A adoção do modelo das competências no mundo do trabalho traz, no entanto, implicações contraditórias para o trabalhador. Por um lado, pode-se apontar, como aspecto positivo, a valorização do trabalho, que assume um caráter mais intelectualizado, menos prescritivo, exigindo a mobilização de competências que envolvem domínios cognitivos mais complexos e que vai além da dimensão técnica, demandando novas exigências de qualificação do trabalhador a elevação dos níveis de escolaridade. Ressalta-se, também, positivamente, a valorização dos saberes e, ação, da inteligência prática dos trabalhadores, independente de títulos ou diplomas; uma maior polivalência do trabalhador, que permite lidar com diferentes processos e equipamentos, assumir diferentes funções e tornar-se multiqualificado; a possiblidade de construir competências coletivas a partir do trabalho em equipe, maior comunicação, participação e autonomia para o planejamento, execução e controle dos processos produtivos.
A implantação de um modelo