Moda
A costura do invisível
Introdução
• Em 17 de junho de 2004, na São Paulo Fashion Week e diante de uma platéia de 1.200 pessoas, o estilista Jum Nakao realizou uma performance em que, ao final do desfile, as modelos rasgaram elaboradíssimas roupas de papel vegetal construídas em mais de 700 horas de trabalho, que envolveram cerca de 150 profissionais. O intuito do estilista foi justamente de dar as pessoas oportunidades de reflexão sobre esses temas que são o design e a arte.
Desenvolvimento
Sua inspiração foi no fim do séc. XIX, a cenografia representando anêmonas feitas a partir de cones de papel vergê. O desfile é de uma leveza e transmite justo o que Nakao fala: o efêmero também pode permanecer. Isso não podia se tornar mais claro e palpável pra quem assistia do que ver todo o trabalho de 6 meses ser destruído em trinta segundos,ao final do desfile com as modelos rasgando as “roupas”. Suas modelos pareciam todas iguais, utilizando na cabeça, uma peruca preta e curta com o formato dos bonecos de playmobil. Por baixo das lindas roupas de papel, as modelos vinham com macacões pretos, para realçar a roupa.
• Quando todos os modelos de Jun Makao subiram na passarela, todas as modelos desfilaram juntas se posicionando, mal esperavam os espectadores pelo o que iria acontecer, derrepente, as luzes abaixaram, quandos todos se deram conta as modelos estavam destruindo os vestidos em dezenas de pedaços. A cara de espanto de todos era o que Makal mais queria, para ele o objetivo dessas roupas de papel
• A intenção de Makal não era vender as roupas, até por que elas foram rasgadas no termino do desfile, mais sim, vender o conceito, mostrar que a moda não é só a venda de roupas, mais sim a arte e o quanto é efemera e ludica. No show mais marcante da história da moda brasileira, Jum Nakao e sua equipe questionariam a necessidade de desconstruir conceitos para construir um pensamento mais livre. Foi uma quebra de paradigmas. A moda foi o veículo