moda
O objetivo deste artigo é construir um ensaio exploratório sobre o comportamento em relação ao consumo de moda de um estrato da população brasileira: a chamada classe C. O modelo que nós tentamos discutir e verificar, mesmo de uma maneira incipiente e 1 Aluna do Curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Espírito Santo. Contato pelo e-mail: isabelamotta@hotmail.com Simbiótica, Ufes, v.ún., n.01. junho - 2012
Revista Simbiótica - Universidade Federal do Espírito Santo - Núcleo de Estudos e Pesquisas Indiciárias.
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exploratória, vem das grandes teorias sobre o fenômeno moda associado a lógicas decisórias por indivíduos em ambientes de alta mobilidade.
Iniciamos o artigo fazendo uma consideração sobre o consumo e como este foi e exploratória, vem das grandes teorias sobre o fenômeno moda associado a lógicas decisórias por indivíduos em ambientes de alta mobilidade.
Iniciamos o artigo fazendo uma consideração sobre o consumo e como este foi encarado como algo negativo durante muito tempo por diversos autores que o abordaram. O consumo adotou um caráter moral ou normativo comparado com o estudo da maioria dos outros fenômenos modernos, sendo até mesmo considerado como algo “fútil” e indigno de um investimento mais sistemático. Esta abordagem moralizante que sempre acompanhou o olhar ocidental sobre o consumo de bens materiais, é, sobretudo, devido ao “bias produtivista” – “que sempre devotou grande parte de seus esforços ao entendimento do lado da produção, em vez do da demanda, na equação econômica” (Barbosa & Campbell,
2006, s/p). A grande transformação do ocidente foi rigidamente contada pela ótica da revolução industrial, sendo que a revolução do consumo, indispensável para que essa acontecesse, foi durante muito tempo negligenciado, gerando dessa forma décadas de silêncio teórico por parte dos cientistas sociais