Mobilização Passiva e precoce em pct na UTI
1. GLORIA, Daniel.
2. SANTOS, Karen.
A fisioterapia é vista como parte integrante do tratamento de pacientes nas unidades de terapia intensiva (UTI). O repouso no leito tem sido prescrito em uma ampla gama de condições em doentes críticos¹. Por muito tempo acreditava-se que esse tipo de paciente deveria permanecer em repouso no leito, porque não seria capaz de tolerar qualquer nível de atividade física precoce, mas esse tratamento contribuía para que as complicações como: descondicionamento físico, fraqueza muscular, dispnéia, depressão, ansiedade e redução da percepção da qualidade de vida, afetassem mais rápido o paciente, causando um aumento no tempo de desmame, internação, o risco de infecções e conseqüentemente morbimortalidade. ²
Fisiopatologicamente, mecanismos importantes, como imobilidade, inflamação local e sistêmica, utilização de fármacos como corticóides, relaxantes musculares e antibióticos, desnutrição e situações catabólicas, agem sinergicamente para promover a perda de massa muscular significativa no doente criticamente enfermo.¹
Estudos surgiram e a mobilização precoce foi preconizada como um tratamento eficaz para o paciente crítico. A mobilização é uma atividade física suficiente para provocar efeitos fisiológicos agudos como: otimizar o transporte de oxigênio através do aumento da relação ventilação-perfusão (V/Q), aumento dos volumes pulmonares, redução do trabalho respiratório, minimização do trabalho cardíaco e aumento do clearance mucociliar. ²
O procedimento é viável e seguro, que promove aumento da força muscular, aumentando assim a resistência do paciente e melhora do quadro respiratório e motor. A mobilização precoce inclui atividades terapêuticas progressivas, tais como, exercícios motores na cama, sedestação à beira leito, ortostatismo, transferência para a cadeira e deambulação. ³
Existem critérios de segurança para iniciar a mobilização precoce em pacientes críticos: