Moara
A Presidente Dilma deixou clara a sua posição contrária quanto ao plano arquitetado pelo diplomata Eduardo Saboia de transferência do senador Molina para o território brasileiro:
“... a presidente Dilma Rousseff avocou a autoridade de chefe de Estado para ditar as normas da política externa brasileira. Ao empossar o novo ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo — escolhido pela competência nas negociações durante a Cop15 em Copenhagen, na Dinamarca, em 2009, e na Rio+20, na capital fluminense, no ano passado —, Dilma voltou a repetir que o governo não coloca a vida dos outros em perigo, numa crítica explícita à atitude tomada pelo ex-encarregado de negócios na Bolívia Eduardo Saboia. “Não colocamos a vida de quem quer que seja em risco, cidadãos brasileiros ou de qualquer nacionalidade”, afirmou.”
Ainda, Luiz Alberto Figueiredo reiterou o discurso da presidenta, afirmando que em sua gestão não tolerará quebra da hierarquia, cobrando “respeito a institucionalidade”:
"É imprescindível o respeito à hierarquia e as cadeias de comando. Sem isso, podemos desencadear processos de consequências imprevisíveis que trarão prejuízos à nossa coesão, a nossa credibilidade e a nossa capacidade de ação, habilidade para exercer influência e solucionar questões, até mesmo aquelas com componente humanitário e de proteção dos direitos humanos" e "Não estaremos no bom caminho se nos permitirmos que se percam aspectos essenciais de nossa cultura institucional como os princípios da hierarquia."
No entanto, há um consenso de que atitudes como a de Saboia e Patriota deveriam ser condecoradas, não condenadas, tal como ocorrido. O fato consiste que temos de um lado uma forma de fazer política externa, herança do governo Lula, na qual o Presidente centraliza em si o Itamaraty, fazendo das questões diplomáticas algo muito mais político e de projeção internacional do que algo consoante, por exemplo, com os tratados assinados.
O que houve