Estudante
O ensaio de cisalhamento direto é um ensaio executado em laboratório que é executado em uma caixa metálica bipartida. Deslizando-se a metade superior do corpo de prova em relação à inferior, criando-se assim um plano de ruptura. O corpo de prova é inicialmente comprimido por uma força normal “N”, seguindo-se a aplicação da força cisalhante “T”. Esta força impõe um deslocamento horizontal à amostra até a ruptura do corpo de prova. Para cada tensão normal aplicada, obtém-se um valor de tensão cisalhante de ruptura, permitindo o traçado da envoltória de resistência. O ensaio de cisalhamento direto é sempre drenado, devendo ser executado lentamente para impedir o estabelecimento de pressões neutras nos poros da amostra. A relação entre altura e o diâmetro do corpo de prova deve ser pequena, possibilitando uma completa drenagem em menores espaços de tempo. A condição drenada implica a total dissipação de poro-pressões durante o cisalhamento. Nas areias, devido a alta permeabilidade isto é automático; em solos argilosos, é necessário reduzir a velocidade de deformação para aumentar o tempo de ensaio. O principal problema a ser apontado neste ensaio é a imposição de uma superfície de ruptura, principalmente em solos homogêneos. O solo não rompe segundo o plano de maior fraqueza, mas ao longo do plano horizontal. Este problema é mais complexo quando analisa-se a restrição de movimentos imposta às extremidades da amostra no plano de ruptura. Esta restrição provoca uma complexa heterogeneidade de tensões e deslocamentos no corpo de prova e uma consequente inclinação do plano de cisalhamento.
No ensaio foram testados três corpos de prova e cada um recebeu uma das tensões normais seguintes, 0,5 kg/cm², 1 kg/cm² e 2 kg/cm². Enquanto as cargas eram aplicadas no solo, observou-se um anel dinamométrico e um relógio comparador. A cada 20 mm deslocados, controlados pelo anel dinamométrico, realizava-se uma leitura no relógio, e desta forma