Mitos Africanos
MITOS AFRICANOS
Oiá
Oiá é a divindade dos ventos, tempestades e do rio Níger. Simboliza o caráter violento e impetuoso. Vive na porta dos cemitérios. Representa a intensidade dos sentimentos sombrios, o mundo dos mortos. Foi a primeira mulher de Xangô e é dona de um temperamento ardente e impetuoso. Diz a lenda que Xangô enviou Oiá ao povoado dos Baribas em busca de uma poção, que, uma vez ingerida, dava o poder a quem tomasse, de cuspir fogo pelo nariz e pela boca.
Oiá bebeu parte da poção, para desagrado de Xangô, que queria ter o poder sozinho. Antes de ser mulher de Xangô, havia sido mulher de Ogum, a quem traiu com Xangô. Antes de perseguir a traidora, Ogum consultou-se com Olodumaré, o deus supremo. Este lhe disse que mantivesse a dignidade diante de Xangô e dos demais Orixás. Ogum não obedeceu e saiu em perseguição para confrontá-los. Outra das lendas sobre Oiá, conta que ela se queixava por não conseguir engravidar e decidiu consultar um babalaô. Este lhe disse que seu erro era comer carne de carneiro, ao invés de carne de cabra. Corrigindo a dieta, deveria também fazer uma oferenda que contivesse um tecido vermelho e teria um filho. Oiá transformou-se em mãe de nove filhos. Junto com Elegua, Orunla e Obatalá domina os quatro ventos. Representa a reencarnação dos antepassados, a falta de memória e o sentimento de pesar da mulher. Amante da guerra, combatia com Ogum e Xangô. Seguiu Xangô, quando ele deixou a cidade de Oyó, sendo depois coroada rainha de Kossô por ele.
Olorum
Olorum é a segunda manifestação de Olodumaré. Etimologicamente, "òlò=Senhor Òrún=céu; ou seja Senhor do Céu. A palavra também deriva de “Olo” (espaço, expansão) e “Lorun” (sol, energia), portanto, dentro da infinita supremacia de Olodumaré, Olorum representa a “Energia vital de Deus”, que está em todos os movimentos e mudanças, por menor que sejam. Olorum está em contato direto com os homens. É dono da vida, dá energia e sustento na vida