Mito de Órion e as estrelas Três Marias
Órion, que havia conhecido e se apaixonado por Mérope, filha de Eunápio, rei de Quios, pediu-a em casamento, mas o pai impôs uma condição para que o pedido fosse aceito: que o gigante livrasse a ilha de feras. Órion era um excelente caçador e conseguiu realizar o pedido feito, entregando aos pés de Mérope suas caças todos os dias. Entretanto, Eunápio não cumpriu com sua promessa e negou sua filha a Órion. Este, injuriado, embebedou-se, entrou no quarto de Mérope e a violentou. Eunápio, furioso, pediu auxílio a Dionísio, que embebedou novamente Órion, quando Eunápio aproveitou para furar seus olhos.
Cego, foi guiado pelos ruídos da forja de Hefesto, conseguindo encontrar o deus, que o orientou a ir até a morada do Sol. Ao chegar à morada, Órion restabeleceu a visão ao entrar em contato com os raios solares.
Restituído da visão, Órion passou a viver como caçador, em companhia de Ártemis, a deusa da caça, de quem Órion se tornou o favorito. Viviam juntos, o que causou o ciúme de Apolo. Este ordenou que um escorpião atacasse Órion para matá-lo. O gigante, percebendo que não conseguiria derrotar o animal, fugiu pelo mar. Apolo, sabendo da fuga, criou uma artimanha: chamou sua irmã Ártemis e a desafiou a acertar o ponto negro que se deslocava pelas águas. Ártemis, não sabendo que se tratava de Órion, acertou a cabeça do gigante com um dardo, matando-o.
Ao perceber que era seu querido Órion, Ártemis o colocou entre as estrelas, junto a seu cão, Sirius. Órion se tornou uma constelação, aparecendo com seu cinto, uma espada, a pele de um leão e uma clava. Sirius, seu cão, também o acompanha no céu.
No Brasil, podemos ver Órion através das estrelas conhecidas como Três Marias, que são o centro da constelação