Mito da caverna
Na produção “A República”, obra prima de Platão, ele mantém seu consagrado estilo literário do diálogo onde, dentre vários diálogos, destaca-se a “Alegoria da Caverna” que é o texto principal de toda obra onde Platão usa a figura de Sócrates, seu amigo e mestre, como personagem principal para travar um diálogo com Glauco. Sócrates e Glauco conversam sobre homens presos em uma caverna.
Ao fundo da caverna, aparecem serem humanos acorrentados. Essas pessoas estão presas desde a infância. Até então todos são iguais. Vivem em uma posição onde só é possível ver o que se passa à sua frente e sem a possibilidade de se mexer, não conseguem ver o que se passa atrás deles, onde há um fogo que reflete uma luz na parede em que são projetadas as sombras do que se passa.
De repente, não se sabe como, um dos prisioneiros se liberta e começa a caminhar para fora da caverna, onde então percebe que aquele fogo que refletia a imagem das sombras é na verdade o Sol. Ele caminha em direção ao Sol superando gradualmente as dificuldades encontradas. Por ter vivido tanto tempo na escuridão; seus olhos vão se acostumando à luz. Depois de conhecer o Sol, volta para a caverna para dizer o que conheceu fora dela.
Há um trecho interessante no diálogo da “Alegoria da Caverna” onde Platão diz: “GLAUCO - Não há dúvida de que suportaria toda a espécie de sofrimentos de preferência a viver da maneira antiga”. Porém, ao voltar à caverna o antigo prisioneiro é visto como louco pelos cavernícolas que se recusam a acreditar na verdade e preferem viver nas profundezas da caverna, preferindo acreditar nas imagens projetadas à sair em busca do significado das imagens.
Para Platão, as pessoas que ficaram na caverna estão estacionadas no conformismo de sua situação, por temerem ultrapassar as fronteiras do desconhecido e à aventura de irem mais além, por isso continuaram contemplando a parca luz do Sol através da brecha.
Quanto à aquele que se esforçou e viu a dádiva da