Mito da caverna
O mito da caverna trata-se de um texto Extraído de "A República" de Platão. 6° ed. Ed. Atena, 1956, p. 287-291, e retrata o diálogo entre Sócrates e seu discípulo Glauco.
Na história contada por Sócrates, existem homens em uma caverna, presos pelos membros superiores e inferiores, de modo que não consigam mexer-se para canto algum, nem mudar seu campo de visão, atrás deles existe um pequeno muro, e logo após uma fogueira que projeta sombras de homens e animais feitas por esculturas de pedra e de madeira. Os habitantes que estão presos, identificam tais sombras como os seres e os nomeiam.
Sócrates propõem que se uma dessas pessoas pudesse sair e ver o mundo externo como realmente ele é ficaria deslumbrado, mas teria dificuldade de compreender, que tais figuras que ele via anteriormente são inanimadas e não representavam a realidade, mas que depois que conhecer a realidade preferiria toda a espécie de sofrimento em ter que voltar para a vida antiga.
Em determinada parte a história o indivíduo retorna ao fundo da caverna e começa a passar aos seus companheiros o que havia vista no lado de fora da caverna, e é hostilizado e escarnecido, pois apresenta uma visão fora do cotidiano daquele povo.
Creio que nessa história Sócrates tenta esclarecer, que uma pessoa que começa a experimentar a profundidade da ciência, tende no começo a sofrer com o impacto de novas formas de abordar os assuntos, que até então o deixavam confortável, mas depois de estar na zona de confronto, torna-se inviável tornar ao antigo pensamento.
Portanto, como disse Sócrates, que “a caverna é o mundo “, não pretendo voltar para o fundo da caverna e contemplar apenas sombras, prefiro o esclarecimento, o olhar crítico, a Heresia.