Missão e cultura
1.1 – Missão A partir do momento que nos propomos abordar sobre missão, é natural surgir à idéia de responsabilidade sobre algo que temos a fazer ou cumprir. Este “termo ‘missão’, ou ‘envio’, tem significações profanas e religiosas”[1]. Faremos a seguir a definição de missão dentro da opinião de alguns autores. Este vocábulo, missão, tem a sua significância como “o ato de envio de mensageiros aos povos, e, mais precisamente, aos não-cristãos e a ação correspondente a este envio”[2]. Também podemos afirmar que “o termo missão pressupõe alguém que envia uma pessoa ou pessoas enviadas por quem envia, as pessoas para as quais alguém é enviado e uma incumbência”, significando que quem envia tem a autoridade para fazer isso[3]. Ao fazer uma retrospectiva sobre o termo “missão”, constatamos que desde a década de 50 tinha o sentido limitado como, por exemplo, o envio de missionários a um território específico, as atividades desenvolvidas pelos mesmos, a agência que expedia os missionários, etc. Ao fazermos hoje, um resumo teológico de “missão”, como tem sido usado, verifica-se que este termo tem adquirido uma nova dimensão como: propagação da fé, expansão do reino de Deus, conversão dos pagãos e a fundação de novas Igrejas[4].
No século 16, o termo era usado para si referir à Doutrina da Trindade, entendida como o “envio do filho pelo Pai e do Espírito Santo pelo Pai e pelo Filho”[5], sendo que os jesuítas foram os primeiros a usar este termo para difundir a fé cristã entre as pessoas.
A teologia usa o termo “missão” para enfatizar o ensinamento trinitário, cristológico, eclesiológico e no direito canônico. Este termo missão, surgiu “com o início da expansão imperialista do ocidente”[6], por outro lado, na Igreja primitiva, a consciência missionária foi iniciada com “a pessoa e ministério de Jesus”[7]. Com o passar dos séculos, houve uma mudança em entender o paradigma