Missa
“Deus me chamou, eu me ofereci `a sua santa vontade” (Claret).
Em alguns momentos da vida nós nos perguntamos: Quem sou eu? A resposta nem sempre é fácil, custa muita reflexão e até horas de sono. Ficamos felizes, porém, quando chegamos a conclusões que vão servir por toda a nossa vida. Quando descobrimos que somos alguém, e não uma coisa, que temos a capacidade de crescer, de pensar, de escolher, de amar e ser amado... enfim, quando descobrimos que somos imagem e semelhança de Deus nos sentimos muito felizes. Nossa vida começa a mudar quando pensamos: sou um ser consciente e responsável, aberto à comunicação, à partilha, à comunhão no amor. Sou único e irrepetível. Sim, somos imagem de Deus! Temos muitas coisas em nós que nos assemelham a ele: nossa inteligência, nossa sabedoria, nossa alegria, nosso desejo de perfeição, nosso amor à verdade, a bondade presente em nós, a ânsia pela justiça, a necessidade de viver o amor! Tudo isso nos assemelha a Deus, ao mesmo tempo que podemos viver a experiência dele em nossa vida. Toda vez que vivemos intensamente as qualidades acima, estamos manifestando Deus através de nossa vida. Ou ainda, toda vez que colocamos as qualidades citadas a serviço do bem e da verdade, estamos também mostrando a presença de Deus em nossa vida! À medida que tomamos consciência do nosso ser pessoa, descobrimos também que a nossa vida não somente o que aparece externamente: beleza, aparência, dinheiro... Mas é muito mais: é interioridade, isto é, capacidade de pensar, refletir, conhecer a verdade, fazer opções, ter liberdade, amar, sentir, ser feliz. Este é o nosso ser mais íntimo e mais profundo. É dele que devemos cuidar com muito carinho. Do contrário, a semente da vocação não irá desenvolver-se. E, por falar em vocação, só podemos nos realizar plenamente como pessoas, quando nos realizamos vocacionalmente. É claro que isso não acontece da noite para o dia. Tudo tem seu preço, mas é por isso que você está