Miss O Integral Da Igreja
Este tem sido um ano particularmente significativo para a Fraternidade Teológica Latino-Americana (FTL): tivemos Consulta Continental em El Salvador, Nacional em São Paulo e Regional em Alagoas, e uma série de encontros em outros países. Entre a teologia da libertação e o neofundamentalismo, uma nova geração de pastores e líderes opta pela teologia da missão integral da Igreja. Isso foi perceptível, inclusive, na última Consulta do programa “Fé, Ética e Economia” do Conselho Latino-Americano de Igrejas (CLAI), em Buenos Aires, sob o tema “Globalizando a Vida Plena”. Esses fatos apontam para o caráter bíblico e histórico, e para a relevância dessa corrente de pensamento, dentro do espírito e do Pacto de Lausanne: evangelismo, comunhão, sã doutrina, ação social, inculturação, profetismo e assim por diante.
Gostaríamos, porém, de destacar alguns desafios para a nova geração de cristãos holísticos, nestes tempos de globalização e de pós-modernidade.
O desafio do resgate e da atualização da história
René Padilla, um dos principais pensadores da FTL, nos falava recentemente da sua alegria com a atual revitalização, e que a sua principal preocupação era com o desconhecimento histórico, tanto em relação ao legado reformado quanto à caminhada do próprio movimento. Resgatar o passado é recuperar um conteúdo (fatos, autores, idéias, temas) que permite a sua atualização e a sua aplicação ao presente.
Por outro lado, vale ressaltar que, até certo ponto, a década de 90 foi uma espécie de “década perdida” para a nossa corrente, com a maioria dos seus seguidores inerte pelo medo da patrulha, da censura e da discriminação por parte dos neofundamentalistas, paralisando o possível e necessário trabalho teológico, pastoral e profético. Medo do emprego analítico de ferramentas da filosofia e das ciências humanas. Medo de enfrentar, em suas agendas, temas agora abordados pela nova geração: a nova ordem geopolítica e geoeconômica internacional, gênero,