miningite
0021-7557/99/75-Supl.1/S46
Jornal de Pediatria
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© 1999 by Sociedade Brasileira de Pediatria
ARTIGO DE REVISÃO
Meningites bacterianas - diagnóstico e conduta
Bacterial meningitis – diagnosis and treatment
Sonia M. de Faria1, Calil K. Farhat2
Resumo
Abstract
Objetivo: Apresentar conceitos atuais sobre diagnóstico e tratamento de meningites bacterianas considerando agentes etiológicos, fisiopatologia, opções antimicrobianas, antiinflamatórias e suportivas. Métodos: Revisão bibliográfica utilizando o banco de dados
MEDLINE abrangendo artigos publicados nos últimos 10 anos. Um artigo clássico anteriormente publicado e capítulos de livros-texto de doenças infecciosas foram também incluídos.
Resultados: A antibioticoterapia empírica inicial é efetuada com base na etiologia provável de acordo com a idade. Na análise microbiológica do líquido cefalorraquidiano, a bacterioscopia pelo gram pode revelar a bactéria em 50%-80% dos casos, e a cultura em aproximadamente 85%. Os testes que detectam antígenos auxiliam no diagnóstico, mas apresentam baixa sensibilidade. Na etiologia das meningites neonatais continua predominando a E. coli, o Streptococcus B e a Listeria monocytogenes. Após esse período, a incidência de meningites por Haemophilus influenzae b tem declinado significantemente desde a introdução das vacinas conjugadas, enquanto o S. pneumoniae e a N. meningitidis seguem sendo freqüentes patógenos. Atualmente, as cefalosporinas de 3a geração, ceftriaxona ou cefotaxima, constituem-se na antibioticoterapia de eleição, sendo utilizadas em associação com ampicilina até os dois meses de idade e após como monoterapia. A dexametasona tem mostrado eficácia na redução da resposta inflamatória e das seqüelas, principalmente seqüelas auditivas. Na terapêutica de suporte, não há vantagens com a restrição hídrica.
Conclusões: O diagnóstico precoce seguido de imediato início
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