Mini Case Embraer
Mini-Case Embraer
Em meados de novembro de 2005, Luís Carlos Affonso tomava apressado seu café da manhã em um hotel em Orlando, Flórida. Sua ansiedade era clara, e não era para menos! Estava chegando a hora de mostrar para o mercado os mock-ups 1 do novo produto da Embraer, a ocasião: Convenção Anual da
NBAA2, a maior feira de aviação do mundo. Como vice-presidente de jatos executivos da companhia, Luís tinha mergulhado naquele projeto que a
Embraer escolheu como principal investimento nos últimos anos, apostando que aumentará a sustentação econômica da empresa no longo prazo, o
Phenom.
Ao terminar o desjejum, Luís Affonso apressou sua equipe lembrando-os do horário e seguiu em direção ao seu quarto para apanhar o laptop. Seus pensamentos estavam em efervescência, talvez fosse um efeito do delicioso expresso que acabara de beber, e, durante a caminhada nos corredores do hotel, começou a refletir sobre os passos dados até agora pela Embraer. Será que a empresa está no caminho certo? Por que este foco em aviação executiva e de pequeno porte? Não seria a hora de competir com a Boieng e a Airbus como todos falavam a algum tempo?
A HISTÓRIA
A Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A (Embraer) foi fundada pelo governo militar em 1969. Teve um início árduo já que, apesar de der um projeto nacional, as peças para a manufatura dos aviões eram importadas. Nesta conjuntura, houve um forte investimento da companhia no desenvolvimento de tecnologia para consolidar o desejo militar de desenvolver projetos aeronáuticos genuinamente brasileiros.
Esse desenvolvimento, obviamente, não foi imediato e enquanto não se efetivava, o governo apoiou as operações da empresa isentando-a de pagamento de impostos e taxas de importação de matérias-primas, e outras partes que não estavam disponíveis no mercado brasileiro.
Esta situação colaborou na criação dos primeiros modelos aeronáuticos nacionais. Porém, o processo de democratização política no Brasil, que