minha vida
Falar sobre biografia certamente não representa para você algo tão inusitado, dada a recorrência desse tipo de texto em algumas circunstâncias cotidianas, como em trabalhos escolares – representando uma das etapas a serem cumpridas durante a pesquisa. Sim, não há a menor possibilidade de abordarmos acerca dos feitos relacionados a uma determinada pessoa sem antes enfatizarmos quem foi ela.
Daí equivale afirmar que tal modalidade, por vezes, não se encaixa aos nossos conhecimentos tal como deveria, ou seja, cumprido toda completude de características, definições, enfim, para sermos um pouco mais específicos e precisos, não a concebemos com “olhos” de quem a caracteriza como gênero textual. Gênero porque caracteriza uma das muitas circunstâncias comunicativas que compartilhamos no dia a dia, e como tal, perfaz-se de características linguísticas, inclusive no que se refere ao modo composicional, ou seja, no que tange à estrutura propriamente dita.
Nesse ínterim, lembramos sempre, sobretudo quando damos ênfase à questão dos gêneros, das finalidades discursivas a que se propõe cada uma dessas situações de comunicação, como já falado. Assim, nessa, em específico, a finalidade a cumprir é justamente deixar o interlocutor informado acerca dos dados biográficos de alguém, ou seja, da vida dessa pessoa. Dessa forma, equivale dizer que, tendo em vista essa finalidade a cumprir (relatar acerca da vida de uma determinada pessoa), a ordem cronológica dos acontecimentos, desde o momento do nascimento, representa fator de extrema preponderância.
Desse modo, não é descabido afirmamos que se trata de uma ordem bem estruturada e que a intenção é mostrar, passo a passo, os acontecimentos vividos pela pessoa biografada. Outro aspecto, não menos importante, diz respeito à colocação dos verbos, haja vista que, teoricamente, esses devem ser retratados no pretérito