Mineração e meio ambiente
CARDOSO, Manoel Juares Simões.
O presente estudo foi concluído a partir da análise do tamanho das áreas degradadas e da magnitude das degradações constatadas em cada área. Este estudo foi apoiado, principalmente, em dados de campo e análise visual de imagens de satélite. Os dados de campo foram obtidos por meio de consultas de processos de licenciamento mineral-ambiental no órgão do município e visitas nas respectivas áreas mineradas. O trabalho de campo permitiu mapear áreas com o uso de GPS, percorrendo-se todo o perímetro da área atingida pela degradação e descrever qualitativamente as degradações encontradas, totalizando 45 pontos visitados e incluindo 57 áreas de mineração em área rural. Já o mapeamento visual, nas imagens de satélite, permitiu a identificação de 151 áreas de extração mineral em área urbana e periurbana. Deste modo, o trabalho de campo e o mapeamento visual totalizaram 196 áreas de mineração, em áreas urbana e rural, de extração de areia, arenito, latossolo e argila, incluindo atividades ativas e inativas, antigas e recentes. Como resultado, o perfil do minerador da área de estudo é de um ator que descumpre a legislação ambiental, bem como as restrições administrativas do órgão ambiental do município, e que o plantio de culturas permanentes é o uso pós-mineração mais indicado nos licenciamentos ambientais. O mapa de uso e ocupação do solo foi obtido a partir de dados de vegetação e culturas praticadas na região. Trabalhou-se com três categorias de uso: área de vegetação primária, área antropizada e área urbanizada. Este mapa mostra a dinâmica da transformação da paisagem, onde fatores morfoestruturais condicionam esta transformação, à medida em que o relevo e os principais cursos d’água impõem limites para a implantação das vias terrestres. Percebe-se que, encaixadas neste contexto,