Milton Santos

Milton Santos, importante geógrafo baiano e de conhecimento internacional fez uma análise crítica muito interessante sobre a globalização, abordando o tema em diversos aspectos, destacando a voracidade da globalização no mundo e dentro da sociedade capitalista e as consequências que a mesma acarreta na civilização humana, apresentando também uma perspectiva de surgimento de uma nova globalização, diferente da atual.
De acordo com ele, a globalização pode ser vista sobre três pontos de vista: Como fábula, como perversidade e como uma possibilidade para o futuro.
Na globalização como fábula, estariam agrupados os fatores que nos fazem crer que o mundo globalizado tal como é hoje, beneficiaria uniformemente todos os indivíduos. Fatores estes, como o encurtamento de distâncias, facilitado pelo desenvolvimento dos meios de transporte e o acesso à informação, quando na realidade ela segue os interesses econômicos de grandes empresas, tendo como objetivo o lucro.
Dai por diante, temos a globalização como perversidade, ou seja, como ela realmente é: Excludente. Uma citação do Milton Santos bastante cabível neste momento é “O consumismo é o maior dos fundamentalismos” uma vez que essa perversidade está diretamente ligada ao consumo, que tem se tornado peça fundamental para a inclusão nesse mundo. ao longo do documentário é mostrado uma série de acontecimentos no mundo inteiro que focam a atenção nas causas que esta sociedade capitalista centraliza, objetivando obter benefícios próprios em fruto da desorganização do território, da apropriação de bens comuns e do uso privado de riquezas mundiais por parte de uma minoria. Apropriações indevidas que geraram tensões por tentar colocar grandes bens nas mãos de poucos, enquanto se espalhava o estado de miséria e a sociedade crônica para todo o resto. A abertura dos mercados nacionais à entrada de concorrências estrangeiras na América Latina, gerou a falência de indústrias e o aumento da super-exploração de mão-de-obra a