Milton Friedman
A evolução do pensamento de Friedman caminha no sentido de atribuir papel de destaque à política monetária - ao contrário das idéias keynesianas, que repousam maior relevância à política fiscal - e ao liberalismo. As flutuações econômicas eram o resultado de alterações na oferta de moeda, prescrevendo uma oferta monetária estável e constante para alcançar uma estabilidade econômica duradoura.
A linha de pensamento de Friedman representa a retomada das idéias liberais dos economistas clássicos do século XVIII e dos marginalistas do século XIX, atreladas a um importante papel reservado à política monetária e a oposição a políticas discricionárias (monetárias ou fiscais) como forma de resolver os problemas da depressão ou recessão, porque elas, ao ver de Friedman, preocupadas com soluções de curto prazo, perdem a visão de longo prazo e, portanto, tornam-se ineficazes. Friedman procurou mostrar que o Estado, ao contrário do que muitos imaginam, pode voltar-se contra os interesses dos cidadãos, na medida em que quanto maior for, maior ganância por recursos terá e, portanto, maior será a transferência de recursos da sociedade para ele, com aplicação duvidosa do ponto de vista da alocação eficiente de recursos, e maiores serão as restrições à liberdade dos cidadãos.
Para Friedman, a inflação é fundamentalmente um problema monetário e, assim, para haver inflação é preciso haver também um aumento do estoque monetário. Friedman critica os keynesianos, por atribuírem importância a fatores não-monetários na explicação da inflação. Para ele, fatores não-monetários podem, em determinadas circunstâncias, provocar inflação, desde que provoquem uma expansão monetária. De acordo com Friedman, diz-se em geral que existem três meios pelos quais o Governo pode obter fundos: tributar, tomar emprestado da população ou imprimir dinheiro. Para ele isto é um erro, pois existem apenas dois meios: impostos e empréstimos, uma vez que a impressão de dinheiro ou é