Milk
No início do filme, uma cena chama a atenção: a paquera em uma estação do metrô entre Harvey e um jovem (Scott Smith) com jeito de hippie (descuidado na aparência). O clima leve e "caliente" aponta para a seriedade dos temas a serem abordados. Apesar de seu emprego bem remunerado, Harvey resolve mudar-se para San Francisco e seu parceiro Scott Smith (James Franco) vai junto. Lá, num bairro operário do distrito de Castro, Harvey abre uma pequena loja de revelação fotográfica. Torna-se um ativista gay, porque além de assumir publicamente sua homossexualidade, também organiza os residentes gays da vizinhança, buscando aliados em diversos grupos sociais; e, assim envereda pelos caminhos da política. Essa atitude gera protestos exagerados dos homofóbicos que viviam na época.
Ao começar um discurso, Milk se dirigia à multidão dizendo: “Meu nome é Harvey Milk e eu quero recrutá-lo!”, mas outras frases do personagem merecem ser descritas: "Todos os homens foram criados iguais", ou "Sem esperança não vale a pena viver".
O ator Sean Penn consegue a incrível façanha de dar vida ao personagem com uma intensidade emocional fascinante. No filme, o ator consegue convencer o espectador que o político gay era generoso, amigo, perseverante e apaixonado. Porém, a incansável dedicação à política afasta o personagem de seus relacionamentos, tanto com Scott, quanto com Jack Lira (Diego Luna). Sua carreira política foi curta mas, enquanto durou, foi um importante marco contra a discriminação, a favor das minorias e do direito de externar ideais através do voto, essa parcela de poder inerente a cada cidadão.
Eleito aos quarenta e sete anos, Harvey Milk marcou a história como o primeiro gay ativista que