Milho E Soja
A produção de etanol a partir do milho começa a se desenvolver no País. Por enquanto, duas usinas do Mato Grosso trabalham com a técnica para obter o etanol utilizando o grão: a Usimat, em Campos de Júlio, e a usina Libra, em São José do Rio Claro. Já em Mato Grosso do Sul, de acordo com a Associação dos Produtores de Bioenergia do Mato Grosso do Sul (Biosul), há sete projetos para implementação de usinas flex, mostrando uma possível tendência na produção de etanol a partir do cereal no Estado.
A Usimat foi a primeira usina do Brasil que adotou o processamento de milho para obtenção do combustível. Em fase de testes na safra 2012/13, foram utilizados 31 mil toneladas de milho, produzindo aproximadamente 12 milhões de litros do combustível. Já para 2013/14, a expectativa é utilizar 100 mil toneladas de milho que serão convertidos em cerca de 37 milhões de litros de etanol.
Em outubro, a usina Libra, de São José do Rio Claro (MT), começou a usar o grão como matéria-prima. A capacidade total de produção da usina é de 160 milhões de litros de etanol por ano. Desse total, o etanol de milho deve responder por 70 milhões de litros. O custo para a adaptação da usina foi de R$ 25 milhões.
O milho pode ser uma opção viável por se adaptar à entressafra da cana-de-açúcar, além de produzir, fora o etanol, o farelo e o óleo de milho, que podem ser aproveitados. O grão processado em etanol também pode ser visto como uma saída para os casos de superprodução. Em Goiás, até o momento, não foram confirmados projetos de usinas flex.
Soja
O aproveitamento do melaço como meio de cultura para produção de etanol tem como fim de suprir as perdas inerentes ao processo de obtenção de concentrados protéicos de soja. Além da economia gerada pela auto suficiência de produção de solvente; a produção de etanol através do melaço de soja é muito mais economicamente vantajosa frente ao etanol da cana, já que não há etapas como transporte da cana, moagem, filtração do caldo e manuseio