Milagre Econômico Brasileiro

Texto analisando criticamente o período do milagre econômico brasileiro, considerando o modo como ele foi construído e os resultados alcançados.

O "milagre econômico brasileiro" é a denominação dada à época de excepcional crescimento econômico ocorrido durante o Regime Militar no Brasil, também conhecido pelos oposicionistas como "anos de chumbo", especialmente entre 1969 e 1973, no governo Médici, porém seu incio foi no governo de Arthur da Costa e Silva, que vai de 15 de março de 1967 a 31 de agosto de 1969. Este teve como base as reformas e ajustes executados durante o governo Castello Branco, além de uma política monetária e fiscal expansiva, esse peíodo, de certa forma, beneficiou-se das dificuldades da fase anteiror.
Nessa fase ocorreu o I Plano Nacional de Desenvolvimento (PND - 1972-1974), que definiu as prioridades do governo Médici: crescer e desenvolver aproveitando a conjuntura internacional favorável. Nesse período o Brasil cresceu mais depressa que os demais mercados latino-americanos. Foram atingidos altos índices de desenvolvimento econômico sob a ideia do surto de progresso que o país estaria vivendo.
Há divergências de opiniões a respeito de essa fase ter contribuido mais de forma positiva que negativa para o Brasil. É notório a importância desse crescimento econômico, mas muitos viam os investimentos realizados na época como de pouca importância, mas analisando atualmente percebe-se a importância e necessidades desses. No entanto não podemos deixar de citar que o aumento do crescimento econômico do Brasil, contribuiu, de forma paradoxal, para agravar ainda mais sua desigualdade sócio-econômica. Como o Brasil necessitava - para crescer - de aumentar sua poupança interna, prevaleceu um conceito segundo o qual não se deveria adotar políticas econômicas de distribuição de renda já que as classes de renda mais elevada poupavam mais que as de baixa renda. Assim, segundo essa teoria, se a renda nacional fosse dirigida aos mais pobres, a