migranea
1. INTRODUÇÃO
A enxaqueca (ou migrânea) é uma cefaléia episódica primária caracterizada por alterações neurológicas, autonômicas e gastrointestinais em variadas combinações. Está também entre as doenças menos diagnosticadas e, logo, inadequadamente tratadas da prática clínica, com a maioria dos pacientes nunca tendo procurado um médico ou ter desistido tratamento. É, entretanto, uma moléstia comum, acometendo, pelo menos um ataque de migrânea por ano, 6% dos homens e 18% das mulheres nos Estados Unidos e até 22% dos brasileiros (SILBERSTAIN, 2004).
A migrânea é uma doença neurológica crônica que provoca grande impacto socioeconômico e queda da qualidade de vida. As taxas de prevalência da migrânea variam conforme a população que é estudada, Conforme o estudo de Queiroz et al. (2009), podem se iniciar na infância ou adolescência, acompanhando o paciente por toda a sua vida, interfere no bem estar social de inúmeras pessoas e nações em todo o mundo.(STEWART,1994).
Segundo a Sociedade Internacional de Cefaléia, a migrânea é classificada como uma cefaléia primária, já que a dor por si só é o sintoma principal. Essa afecção acarreta, além do sofrimento individual, prejuízo social e econômico de custo direto (como atenção médica e medicamentos) e indireto (como redução da produtividade e faltas ao trabalho). (MORAIS et al.,2009). A qualidade de vida das pessoas acometidas está comprometida, por vários motivos. Estas pessoas têm maior incidência de dores no corpo, limitação física e consideram-se com menor saúde mental. (MORAIS et al.,2009). A migrânea tem a característica de uma crise de cefaléia intermitente, de moderada a intensa ou intensa e se apresenta frequentemente em localização unilateral e com sintomas associados. A dor é pulsátil, acompanhada ou precedida por náuseas e fobias sensoriais, com isso atrapalha as atividades físicas rotineiras e promove incapacidade. A duração das