Cefaleia associada aos ciclos hormonais da mulher
Luísa Maíra de Jesus Amoêdo, 1PSM
Menarca, ovulação, gravidez, amamentação, uso de contraceptivos, menopausa e terapia de reposição hormonal. Eis os ciclos normais da vida da mulher. Esses eventos e intervenções alteram os níveis e ciclos dos hormônios sexuais e podem causar cefaléia ou aumentar a intensidade da mesma.
A migrânea (afecção freqüente que predomina no sexo feminino, Cefaléia), pode apresentar-se com características peculiares, tanto em suas manifestações clínicas e comorbidades como em resposta ao tratamento.
Na maioria das mulheres, no inicio das crises se dá no ano anterior ou sucessor a menarca. A migrânea se modifica durante as diferentes fazes do ciclo reprodutivo feminino. As crises de migrânea menstrual ocorrem tipicamente na fase em que os dois hormônios caem a seus níveis mais baixos.
A migrânea excessivamente menstrual, cujas crises ocorrem dois dias antes até o quarto ou último dia até o sangramento menstrual, tem sido reportada como sendo a mais intensa, e menos respostiva ao tratamento que outras migrâneas.
Era conhecida desde os tempos de Hipócrates, considerada como sintoma de manifestação do excesso de sangue que se agitava procurando uma forma de sair do corpo. Naquela época era considerada uma situação relativamente normal pela qual algumas mulheres tinham que passar todos, ou quase todos, os meses.
Durante a gravidez existe a possibilidade de a migrânea piorar, melhorar, desaparecer ou se manifestar.
No final dos anos 40 e inicio dos anos 50, surgiram estudos e teorias sobre progesterona e migrânea menstrual, seguido pelos estudos de outros hormônios, peptídeos e substâncias potencialmente envolvidas na patogênese da migrânea menstrual.
Dalton interpretou as falhas do tratamento através da reposição de progestágenos. O uso de progesterona por supositórios ou adesivos