Midrash
Moisés e Cristo, A lei e a graça
18 Todo o povo presenciou os trovões, e os relâmpagos, e o som da trombeta, e o monte fumegante; e o povo, observando, se estremeceu e ficou de longe.
19 Disseram a Moisés: Fala-nos tu, e te ouviremos; porém não fale Deus conosco, para que não morramos.
20 Respondeu Moisés ao povo: Não temais; Deus veio para vos provar e para que o seu temor esteja diante de vós, a fim de que não pequeis.
21 O povo estava de longe, em pé; Moisés, porém, se chegou à nuvem escura onde Deus estava.
O poder de Deus era manifestado naquele lugar por trovões, relâmpagos, som de trombetas e a nuvem escura na qual Deus estava por detrás dela. Moises se relacionava com Deus naquele lugar, não temia a presença de Deus e sua manifestação, seja de que jeito ela fosse, entendia o amor e as intenções do Eterno. O povo teve medo, não quis se relacionar com O Eterno, preferiu um porta voz, um representante, preferiu a religião, afinal a glória (luz) Dele expõem nossas falhas e exige comprometimento, esforço e temor.
Ao invés de amar a presença de Deus e querer se achegar a Ela, o povo teve medo, não confiava no Deus que os tinha escolhido e amado, tirado – os do Egito, aberto o mar, mandado o maná; tinham medo de morrer no deserto, conheciam os milagres mais não entendiam o amor ( Hb 4.1-2 ).
A lei foi dada porque o povo não queria se relacionar, quis que Deus falasse através de Moises, era o véu do que depois veio a ser o tabernáculo ( 1 Re 8.10-11 ), o véu que Cristo rasgou ( Mt 17.5 ).
Em Isaias 4.5 podemos notar o descontentamento do Senhor com esse modelo de relacionamento, com a profecia de um novo modelo que viria para que fosse restaurado o relacionamento, pois Deus chama todo o povo para um contato intimo com Ele, se aprofundando e prosseguindo em conhece - lo, pois desde a criação esse foi o Seu propósito , como é referido no versículo 24 do capitulo 20 de Exôdo e em Oséias 6:3 “Conheçamos e prossigamos em