Micologia
Mycology. New York: John Wiley & Sons, Inc. 865p.
(TRADUÇÃO LIVRE, USO INTERNO)
CAPÍTULO I
Reino Fungi
Introdução aos fungos e seus significados para os humanos
Três e meio milênios atrás, quando a lenda aconteceu, o herói grego
Perseu, confirmando um oráculo, matou acidentalmente seu avô,
Acrísio, do qual ele foi o sucessor no trono de Argos. Então, de acordo com
Pausanias: “Quando Perseu voltou a
Argos,
envergonhado pela notoriedade do homicídio, ele persuadiu Megapentes, filho de
Proteu, a trocar de reinos entre eles.
Assim, quando ele recebeu o reino de
Proteu ele fundou Micenas, porque a cobertura (mykes) de sua espada tinha caído, e ele considerou isto como um sinal para criar uma cidade.
Eu também tenho ouvido que estando sedento ele tomou de um cogumelo
(mykes) e enchendo-o de água, bebeu, estando saciado, ele deu a este lugar o nome de Micenas”.
Então, uma das maiores civilizações já conhecidas, a miceneana, pode ter sido denominada por um cogumelo legendário. Derivada da mesma palavra grega, micologia
(mykes=cogumelo + logos=discurso), etimologicamente é o estudo dos fungos. E, realmente, foi assim que a micologia começou no passado, os cogumelos estão entre os maiores fungos e atrairam a atenção dos naturalistas antes dos microscópios ou da utilização de quaisquer tipos de lentes. Com a invenção do microscópio, por van Leeuwenhoek
no século XVII, começou o estudo sistemático dos fungos, e o homem que ficou com a honra de ser chamado o fundador da ciência da micologia é Pier Antonio Micheli, um botânico italiano que em 1729, publicou a obra Nova Plantarum
Genera, na qual está incluida sua pesquisa com fungos.
Mas o que são fungos?
Definir os exatos limites do grupo é muito difícil. Tradicionalmente os biológos vêm definindo-os como organismos eucarióticos, aclorofilados e produtores de esporos, com nutrição