MICHELLE PEREIRA JUNQUEIRA
O arsênico é um metal de ocorrência natural, sólido, cristalino, de cor cinza-prateada. Exposto ao ar, perde o brilho e torna-se um sólido amorfo de cor preta. Esse metal é utilizado como agente de fusão para metais pesados, em processos de soldagens e na produção de cristais de silício e germânio. O arsênico é usado na fabricação de munição, ligas e placas de chumbo de baterias elétricas. Na forma de arsenito é usado como herbicida e como arsenato, é usado nos inseticidas.
No homem produz efeitos nos sistemas respiratório, cardiovascular, nervoso e hematopoiético. No sistema respiratório ocorre irritação com danos nas mucosas nasais, laringe e brônquios. Exposições prolongadas podem provocar perfuração do septo nasal e rouquidão característica e, a longo prazo, insuficiência pulmonar, traqueobronquite e tosse crônica.
No sistema cardiovascular são observadas lesões vasculares periféricas e alterações no eletrocardiograma. No sistema nervoso, as alterações observadas são sensoriais e polineuropatias, e no sistema hematopoiético observa-se leucopenia, efeitos cutâneos e hepáticos. Tem sido observada também a relação carcinogênica do arsênico com o câncer de pele e brônquios.
O arsénico é um metalóide sólido, cujos derivados são utilizados na indústria e como componentes de herbicidas, pesticidas, corantes e medicamentos. A sua toxicidade reside no facto de ser corrosivo e de, após ser absorvido pelo organismo, perturbar vários processos metabólicos essenciais.
A intoxicação por arsénico ou derivados costuma ocorrer de forma acidental, caso não se cumpram as devidas medidas higiénicas de trabalho, ou de forma voluntária, com intenções suicidas ou homicidas. Para além disso, os derivados do arsénico utilizados com fins terapêuticos apenas provocam uma intoxicação caso sejam ingeridos em doses superiores às prescritas.
A intoxicação aguda por ingestão de arsénico ou seus derivados provoca a inflamação e formação de úlceras na boca e no tubo digestivo,