Michel Foucault, Vigiar e Punir, Análise
1. introdução 4
2. DESENVOLVIMENTO 7
2.1. A sanção normalizadora. 10
2.2. O CARCERÁRIO 15
3. CONCLUSÃO 16
4. REFERÊNCIAS 17
1. introdução
Em sua obra “Vigiar e Punir, o nascimento das prisões”, Michel Foucault demonstra como se deu o processo de transformação do modo de aplicar punições – deixou-se de utilizar a tortura para dar lugar a um método corretivo – e por que isso ocorreu.
Na sociedade francesa do século XVII, o regime presente era o de uma monarquia absoluta. Desse modo, todo e qualquer indivíduo que cometesse um crime ou algo que era considerado uma afronta pessoal ao rei, era condenado ao suplício - punição que causa o sofrimento da vítima – e execução pública. Essa manifestação era vista como a vingança física do monarca sobre seus súditos. Tendo em vista que nesse período o rei possuía controle sobre a legislação, este era como se fosse a própria lei e, para evitar que os demais não o afrontasse, foi aderido a espetáculos que demonstravam o sofrimento do criminoso. Antes da execução, o condenado passava por diversas torturas. Muitas vezes, caminhava até o local de sua morte exclamando para todos a sua infração e sendo obrigado a realizar uma confissão e pedir perdão diante de Igrejas ou até mesmo a um sacerdote.Todo esse grande teatro acontecia com a presença do público, para que esse fosse educado.
Ao passar dos tempos, o modo de punição descrito acima começou a ser enxergado como exagero e ineficiente, pois poderia acontecer que, assim como o soberano vingava-se, a população também acabaria fazendo o mesmo caso fosse entendido que o monarca teve de certa solidariedade para com o condenado ao aliviar sua sentença. Desse modo, quando o aplicador do castigo demonstrava estar sendo leve como o criminoso e este último agüentava as torturas com humildade, a multidão tentava interferir e revoltava-se contar o carrasco.Levando em consideração tudo isso e também com as transformações de poder que estavam acontecendo na França, buscou-se