Análise Crítica do livro Vigiar e Punir - Michel Foucault
Após a época do suplício, Foucault pergunta no livro, publicado em 1975, por que deixaram de lado a tortura e execução pública no Ocidente para punir os condenados com prisões, visando corrigi-los? Questão levantada na segunda parte do livro, onde fala sobre a punição. Pode-se concluir que o motivo disso são as transformações da sociedade, como por exemplo, o poder absoluto dos reis acabou dando lugar a uma república moderna controlando a vida dos cidadãos, no caso, os presos, que tinham horários para fazer exatamente tudo. O jeito de exercer o poder mudou, portanto o sistema jurídico também.
Os castigos muito cruéis tornavam o sistema penal instável, imprevisível e pouco eficiente. Conclusão que hoje é aceita e adotada no sistema penal brasileiro, com o princípio da humanidade das penas, protegendo o valor da dignidade humana.
Além disso, punindo sem recorrer à dor física é uma forma de não ser violento como o condenado. Os presídios cujas celas e centro de vigilância estavam dispostos de tal maneira que um único guarda poderia observar todos os prisioneiros sem que eles soubessem, e também existindo essas câmeras em locais públicos, é uma espécie atual de “reality show”, ou até mesmo a vigilância que todos os cidadãos sofrem em shoppings, etc, na sociedade moderna.
No século XIX vem a terceira parte do livro, chamada disciplina. Mecanismos que visam avaliar se o cidadão é uma pessoa normal ou delinquente, com o intuito de produzir sujeitos para a sociedade pós-absolutismo.
Por fim, a prisão, fazendo uso do cárcere, em que o homem