Michael J

Michael J. Sandel, em seu livro Justiça-O que é fazer a coisa certa, no capítulo 2, princípio da máxima felicidade / utilitarismo, discute primeiramente a história de quatro marinheiros ingleses que estavam a deriva em um pequeno bote salva vidas no atlântico sul, após o navio ter naufragado em uma tempestade. Os quatro sobreviventes olhavam ao horizonte na esperança de serem resgatados, enquanto isso o tempo passava, aos poucos a pequena quantidade de alimentos que os restou ia sendo consumida e acabaram por ficar 8 dias sem se alimentar. Passando mais alguns dias, o capitão que era um dos quatro sobreviventes juntamente com outro marinheiro, sugeriram uma ideia, está determinava que um deles devia ser morto para que assim os outros sobrevivessem, uma vez que um dos tripulantes já se encontrava deitado no bote, adoecido, pois tinha bebido água salgada, porém a sugestão não foi aceita pelos demais.
Sem resgate ainda no dia seguinte, os dois tripulantes decidiram matar o homem adoecido, que era órfão. O tripulante restante, após a morte do rapaz não pensou mais na consciência e sim em sua sobrevivência , por isso que durante quatro dias, os três homens se alimentaram do corpo e sangue do jovem.
Por fim quando o socorro chegou, eles descreveram a história que havia ocorrido em um diário, antes de serem resgatados , quando voltaram para Inglaterra, foram presos e julgados, eles confessaram espontaneamente que haviam matado e comido Parker, alegando que fizeram por necessidade.
A principio isso nos mostra que às vezes a moral construída há anos se perde totalmente em tais circunstâncias como as que eles passaram, o mais forte dos argumentos de defesa, foi que se fez necessário matar uma pessoa para salvar três, pois se eles não tivessem feito essa escolha todos iriam morrer , pois a morte do jovem foi uma decisão calculista, afinal era o que tinha menos chances de sobreviver e que não tinha dependentes .
Com base nesses argumentos surgem duas objeções,