MIA COUTO
Mia couto é o pseudónimo de António Emilio Leite Couto, e nasceu em na Beira – Moçambique, a 5 de Julho de 1955. a escolha do nome “MIA”, tem a ver com o gosto do escritor pelos gatos e pelo facto do seu irmão mais novo não conseguir pronunciar correctamente o seu nome.
Começou por estudar Medicina, que logo trocou pelo jornalismo.
As suas primeiras obras foram de poesia, publicando o seu primeiro livro de poemas - “Raiz de Orvalho” em 1983.
Em 2013 ganhou o prestigiado prémio Camões.
Escolhi este livro porque o titúlo despertou-me a curiosidade. Gosto de temas ligados a África.
O livro A Confissão da leoa passa-se numa pequena aldeia no interior de Moçambique – Kulumani. Aí há cada vez mais mulheres a serem devoradas por leões, provenientes da savana. Com o aumento os habitantes pedem ajuda ao governo, que envia um caçador para acabar com os ataques. Arcanjo Baleeiro, excepcional caçador de leões, chega então á aldeia. A acompanhá-lo vai, também, um jornalista – Gustavo Regalom que tem como objectivo registar a caçada.
Na pequena aldeia, os dois, conhecem a família de Silência, a última vítima dos leões, que sofre com a sua perda, e temem pela vida dos restantes habitantes. A chegada do caçador renova a esperança. Ao longo do livro a história é narrada na primeira pessoa do ponto de vista dos dois personagens principais do livro, Arcanjo Baleeiro e Mariamar, irmã da rapariga que morreu. Ao longo do livro vamos conhecendo melhor a família do caçador, as suas paixões, os medos e anseios. Também ficamos a conhecer a forma como os habitantes daquela pequena aldeia pensam, as suas crenças, os seus medos em igualmente as impressões de Mariamar e principalmente o fato de ela acreditar ter um pacto com uma leoa.
O livro é narrado alternadamente pelos dois, Arcanjo Baleeiro e Mariamar, sempre na primeira pessoa. Ao longo das páginas, ficamos a saber que eles já tiveram um primeiro encontro muitos anos atrás,