Metodos
Publicado o: 07/09/2010
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Autor : Prof. Dr. Paulo R. F. Mühlbach (Engenheiro Agrônomo, Consultoria em Produção Leiteira)
Apesar de nunca ter sido um produtor de leite sinto-me à vontade para tocar neste assunto, já que a Ciência da Produção Leiteira me ocupa desde os tempos de acadêmico de Agronomia, há mais de quarenta anos. Naquela época uma vaca de 30 litros era algo excepcional e não se dispunha de tabelas precisas de alimentação e de composição de alimentos e muitos dos insumos hoje disponíveis ainda nem existiam. Uma dieta balanceada para vaca em lactação era algo restrito à pesquisa e a algum produtor privilegiado que dispunha de alguma "fórmula" graças a bons contatos.
Hoje em dia, vacas produzindo até mais de 40 litros/dia no pico da lactação é coisa comum e apesar de todos os avanços na nutrição animal, da disponibilidade de tabelas de alimentação (NRC), de resultados de laboratórios de análises, de programas de computador para cálculo de rações, etc., a prática da alimentação segue sendo algo muito empírico, baseada no "olhometro".
Ora, manejar "a olho" a alimentação, o fator mais importante do custo de produção de leite (no mínimo, responsável por 50% desse custo), não é o melhor caminho para evitar o desperdício, baixar custos e garantir o necessário lucro e sustentabilidade da atividade leiteira.
Quando certas empresas de insumos dietéticos, na melhor das intenções, oferecem graciosamente formulações de dietas, detalhando os teores dos vários nutrientes (% de proteína, % NDT, minerais, vitaminas, aditivos, etc.) e sugerem a quantidade aproximada de concentrados a oferecer para as diferentes fases da lactação e categorias de animais (incluindo obviamente os seus produtos), a receita, na maioria dos casos, ainda é incompleta. Quer dizer, não adianta dispor de uma "ração" formulada por computador, com ingredientes analisados em laboratório, se na prática não se