O início da vida sexual ocorre cada vez mais cedo, na maior parte das vezes, sem que os jovens se preocupem com nenhum procedimento contraceptivo. Consequentemente, não são raros os casos de meninas grávidas aos onze, doze anos de idade. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a única maneira de evitar tais incidentes é mantê-las informadas a respeito dos riscos a que estão expostas – entre eles, a transmissão de doenças graves como a AIDS, por exemplo, — e garantir-lhes o acesso aos métodos anticoncepcionais. Entretanto, apesar do nível de informação sempre crescente a respeito dos riscos e implicações inerentes ao exercício da sexualidade e dos meios disponíveis para evitá-los, muitas moças se descuidam e engravidam. As desculpas são muitas: acharam desnecessária a prevenção, porque consideravam remota a possibilidade de manter relações sexuais, haja vista que não tinham namorado fazia muito tempo, ou porque as relações eram tão esporádicas que não justificavam o uso contínuo das pílulas anticoncepcionais, ou, ainda, porque o rapaz tinha o hábito de usar preservativos. De repente, as coisas escapam de seu controle e elas se dão conta de que o programa do dia anterior coincidiu exatamente com o período fértil. Diante da possibilidade de uma gestação indesejada, muitas recorrem à pílula pós-coital, também conhecida como pílula do dia seguinte, ou do arrependimento, que deveria ser usada só em situações extremas e não como rotina para evitar a gravidez. A pílula pós-coital nada mais é do que a pílula anticoncepcional comum constituída por estrogênio e progestogênio. A única diferença está na dosagem um pouco maior (50 microgramas de estrogênio e 250 microgramas de progestogênio), quando indicada após uma relação sexual que represente risco de gravidez. Então, a jovem que manteve relação num momento inoportuno, ou teve a infelicidade de o preservativo ter-se rompido, o que não é tão infrequente assim, ou, ainda, aquela que foi vítima de estupro podem