Metodologia
A avaliação formal da intervenção tem como objetivo analisar, a partir do QDEP, as diferenças evidentes entre o início e o fim da intervenção. A partir do estudo do conteúdo das questões abertas foi elaborada uma árvore composta por cinco categorias, correspondentes às dimensões do instrumento, e quinze subcategorias, no qual foram apresentados e debatidos os mais relevantes.
Analisando a representação do DP dos estudantes verifica-se que esta é completa e vasta, sendo um processo de associação entre os selfs profissional e pessoal e de desenvolvimento global de competências. Vários autores comprovaram que houve uma alteração nos estudantes, no que diz respeito ao foco interno. Ou seja, tornaram-se mais auto focalizados e passaram a dar importância ao DP, considerando uma perspetiva essencial na produtividade da sua intervenção, assim como o auto conhecimento. Inicialmente, a escolha da Psicologia justificava-se através da compreensão do comportamento humano e da ajuda para com o outro, porém surgiram a pessoa do participante e a sua história de desenvolvimento em oposição aos primeiros motivos. No que diz respeito às causas baseadas em acontecimentos de vida, tornaram-se relevantes as experiências interpessoais e a influência de figuras emocionalmente importantes. No entanto, através dos variados motivos, ora focados na profissão, ora na pessoa do estudante de Psicologia, é observável uma complementaridade entre o que a profissão vivencia e o que os estudantes necessitam, influenciados pelas suas vivências pessoais.
No final da intervenção, os participantes apresentaram um maior grau de conhecimento acerca do exercício da Psicologia e do próprio papel do psicólogo, assim como das expectativas sobre estes, iniciando a internalização de padrões de funcionamento profissional. No entanto, os estudantes demonstraram possuir uma representação menos idealizada da profissão, porque não houve mudanças significativas relativas às