Metodologia
Estudos produzidos em todo o mundo enfatizam a adequada disponibilidade de energia e nutrien- tes do leite materno à imaturidade fisiológica do lactente. Destacam-se ainda os fatores de prote- ção contra as doenças conferidos pelo leite ma- terno, os quais o tornam alimento ideal, capaz de satisfazer as necessidades nutricionais, em espe- cial nos dois primeiros anos de vida. Desse modo, o aleitamento materno promove o crescimento e o desenvolvimento pleno das crianças 1,2,3,4,5,6,7.
As evidências científicas mostram, ainda, que crianças em regime de aleitamento materno ex- clusivo nos primeiros seis meses, complemen- tado, a partir daí, até pelo menos os dois anos de vida, têm menores chances de desenvolverem doenças crônicas não transmissíveis na infância, adolescência e vida adulta 5.
Compreende-se, assim, que, por um lado, é consistente o conhecimento sobre os benefícios da amamentação para a saúde da criança; por outro, persistem lacunas importantes sobre os fatores que contribuem para a baixa duração desta prática em várias partes do mundo, inclu- sive no Brasil 2,3,8.
Recentemente, o Ministério da Saúde 3 iden- tificou aumento na duração mediana de aleita- mento materno exclusivo de 23,4 dias em 1999 pa- ra 54,1 dias em 2008, para as crianças brasileiras.
Tendência similar também foi encontrada para a duração mediana do aleitamento materno total,aumentando de 210 dias em 1999 para 341,6 dias em 2008. Salienta-se, ainda, que, embora existam dados recentes que estão permitindo construir a tendência da duração da amamentação no Bra- sil, estes estudos não disponibilizam informa- ções sobre os fatores que diminuem a duração do aleitamento materno em suas diferentes mo- dalidades para o Brasil, tampouco para áreas ou regiões isoladas do país. Portanto, a identificação destes fatores em pesquisas nacionais e por re- giões/áreas pode ser útil para o planejamento e tomada de decisão no campo