metodologia
A adaptação para o cinema da peça teatral de Bertolt Brecht “A vida de Galileu”, ocorrida em 1975, remonta a realidade renascentista da época, na qual a Igreja era unida ao Estado, e consequentemente, o saber dogmático da metafísica era imposto a toda a população. Em meio a tais imposições e uniões, Galileu Galilei acredita e defende ao longo da obra, o conhecimento científico como condição de liberdade dos seres humanos, isto é, o oposto do que o poder estabelecido da época desejava.
No filme, o físico Galileu Galilei, ousado por ser um cientista na sociedade burguesa da Itália do século XVII, dominada pela Igreja católica, comprova as teorias de Copérnico através de instrumentos e modelos científicos. Tais teorias iam contra os conceitos da Igreja, de modo que por meio da força, Galileu fora forçado a se manter calado para que seus experimentos e ideias não chegassem a outros países da Europa. A Igreja resistia às teorias de Galileu e Copérnico, uma vez que estas iam contra e questionavam as ideias de Aristóteles, ou seja, questionavam a filosofia cristã. Durante a inquisição, foi condenado ao silêncio e foi obrigado a renegar ao papa suas experiências e teorias. Com seus modelos científicos que demonstravam a consistência de suas teorias científicas, Galileu confirma teorias de Copérnico, e também destrói as de Aristóteles. No momento em que a burguesia ascende na Europa, a Igreja perde parte de seu poder, fazendo com que Galileu sucedesse e tivesse suas ideias ressurgidas durante o movimento protestante, o que simboliza o surgimento da Ciência moderna. Galileu Galilei foi uma peça importante para a introdução da epistemologia, isto é, do estudo da ciência no mundo moderno. É impossível pensar em sociedades atuais que desprezem a ciência, assim como faziam civilizações anteriores guiadas e movidas apenas por saberes dogmáticos metafísicos impostos por instituições religiosas. O trabalho de Galileu, diferentemente do que muitas