Metodologia
Everton Pereira Santos[1]
Resumo Este artigo apresentará um estudo sobre os gêneros textuais e a maneira como eles podem ser trabalhados na sala de aula. Trazendo a visão de estudiosos da Lingüística, a exemplo de Mikhail Bakhtin, Luis Antônio Marcuschi e Ingedore Koch, será observada a forma como cada autor define e classifica os gêneros textuais e, posteriormente, será abordada a maneira como a charge pode ser utilizada na sala de aula, como forma de os alunos e professores trabalharem a linguagem prazerosamente e criarem um senso crítico a respeito dos temas que cada charge apresenta. Esta abordagem sobre o discurso das charges contará com o apoio do estudo feito por Tânia Maria Augusto Pereira e Rozinaldo Antonio Miani, que apresentam a charge desde o seu aparecimento, até a evolução e uso dela como forma de se trabalhar a linguagem através do discurso intertextual.
Introdução A humanidade não pára de evoluir. E com sua evolução, evolui também a linguagem por ela usada; tanto a linguagem oral quanto a escrita. Os gêneros textuais, utilizados nos mais diversos ambientes lingüísticos, retratam de forma ideal a evolução da linguagem. O avanço da tecnologia permite o surgimento de novos gêneros textuais, a adaptação de alguns e a evolução de muitos outros. A charge, que se faz presente desde o início do século XIX, é um gênero textual fértil em intertextualidade, pois permite ao leitor fazer inferências entre o dito e o não-dito no texto. Posta na sala de aula, a charge ajuda a subsidiar a competência argumentativa dos alunos a partir de relações lógico-discursivas e críticas sociais trazidas à tona por ela. A charge se apresenta apenas como caricaturas e, em algumas vezes, caricaturas aliadas às falas das personagens, por isso o aluno deve estabelecer as relações entre a arte da charge e a experiência de mundo próprio. A charge, pelo fato