METODOLOGIA TERAP UTICA II
I - INTRODUÇÃO
Pressupostos
O uso inadequado e/ou o abuso de substâncias psicoativas, passa a ocupar um lugar central na vida de um indivíduo (ou grupo social), na medida em que haja um estreitamento das demais alternativas e oportunidades, seja em função da predisposição orgânica, algum mal-estar psíquico, ou da falta de perspectivas de engajamento pessoal e social, em atividades de lazer, profissionais ou afetivas. Nestes casos, a droga deixa de ser um elemento a mais na vida de uma determinada pessoa ou grupo, para ser o elemento em torno do qual se organiza a vida e a sociabilidade.
Em suma, utilizar drogas de forma abusiva e danosa, é geralmente fruto de uma dinâmica descontínua e complexa, daí a magnitude dos desafios postos à prevenção, tratamento, e reinserção social, e o fracasso de inúmeras iniciativas meramente informativas, ou que enfocam a questão de uma única perspectiva.
O grande desafio para trabalhar a questão das drogas, num enfoque mais contemporâneo, consiste em fazê-lo sem preconceitos, com informações suficientes para que o cidadão e sua família, mantendo sua autonomia, façam sua opção consciente por uma melhor QUALIDADE DE VIDA. Esta, tem como pressuposto a Saúde Mental, componente da definição geral de SAÚDE da OMS: "Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não simplesmente a ausência de doença ou enfermidade".
Por sua vez, a Saúde Mental pode então ser definida como um "estado de bem-estar no qual o indivíduo percebe suas próprias habilidades, consegue lidar com os estresses cotidianos da vida, consegue estudar ou trabalhar produtivamente e é capaz de contribuir para o ambiente familiar e/ou comunitário."
Para elaborarmos uma proposta de “Reabilitação Psicossocial”, entendendo-a como o processo que ajuda as pessoas à atingirem seu grau de funcionalidade mais elevado possível (e , logicamente, com qualidade de vida), é necessário refletirmos: “Qual o melhor método ou teoria