Metodologia para caracterização de impactos ambientais
Matrizes de Interações – As matrizes de interações são técnicas bidimensionais que relacionam ações com fatores ambientais. Embora possam incorporar parâmetros de avaliação são métodos basicamente de identificação e classificação. As matrizes tiveram início a partir da tentativa de suprir as deficiências das listagens (Check-list), e uma das mais difundidas nacionalmente e internacionalmente foi a matriz de Leopold, elaborada em 1971, para o Serviço Geológico do Interior dos Estados Unidos. Inicialmente projetada para a avaliação de impactos associados a quase todos os tipos de implantação de projetos. O princípio básico da matriz de interação consiste em assinalar todas as possíveis interações entre as ações e os fatores, para em seguida estabelecer em uma escala que varia de 1 a 10, a magnitude e a importância de cada impacto, identificando se o mesmo é positivo ou negativo (LEOPOLD, 1971 e MARTINS, 2007). Enquanto a valoração da magnitude é relativamente objetiva ou empírica, pois se refere ao grau de alteração provocado pela ação sobre o fato ambiental, a pontuação da importância é subjetiva ou normativa uma vez que envolve atribuição de peso relativo ao fator afetado no âmbito do projeto. Baseadas na matriz de Leopold, as matrizes atuais correspondem a uma listagem bidimensional para identificação de impactos, permitindo, ainda, a atribuição de valores de magnitude e importância para cada tipo de impacto. Os impactos positivos e negativos de cada meio (físico, biótico e antrópico) são alocados no eixo vertical da matriz, de acordo com a fase em que se encontrar o empreendimento (planejamento, implantação e/ou operação), e com as áreas de influência (direta e/ou indireta), sendo que alguns impactos podem ser alocados, tanto nas fases de implantação e/ou operação, como nas áreas direta e/ou indireta do projeto, com valores diferentes para alguns de seus atributos. Cada impacto ambiental é alocado na