Metodologia da pesquisa científica
A popularização da certificação de SGQs [1] vem exercendo sobre o ambiente organizacional alguns impactos nos processos, rotinas e procedimentos internos. Poucas alterações no entanto, tem sido percebidas na estrutura organizacional que, via de regra, continua sendo a mesma após a implementação e certificação do SGQ. Das poucas alterações na estrutura organizacional há uma que ocorre invariavelmente em todas as organizações que adotam a ISO 9001 como referência para a gestão da qualidade: a inclusão do RD na estrutura organizacional. Essa inclusão, dependendo do contexto em que é aplicado, pode ser feita por meio da criação de um novo cargo, função ou mesmo papel a ser desempenhado por uma pessoa com algumas características particulares. A organização também pode optar por ampliar as responsabilidades de algum cargo ou pessoa já posicionada na estrutura, visando garantir a realização de suas atribuições ao menor custo. Seja por inserção ou delegação, o RD sempre faz parte do “organograma”, até porquê se trata de um requisito normativo obrigatório. Independente da forma, a metáfora do “papel” se encaixa bem ao RD uma vez que atores são sempre atores, tal como cargos, o que muda é o papel que eles desempenham, de peça para peça (no campo teatral).
A atuação do RD pode influenciar e repercutir significativamente na forma com que a organização vê, considera, implementa e toma decisões sobre aspectos que estão relacionados ao SGQ. O seu entendimento, suas interpretações, conceitos, fundamentos e experiências, boas ou ruins, certas ou erradas, serão transferidos à organização que trabalha. As pessoas terão seu comportamento profissional alterado devido às escolhas, diretrizes e regras criadas decorrentes da implementação do SGQ. Discutir o papel do RD é assim um tema relevante. E não só devido ao impacto nas rotinas internas, mas também devido à sua influência sobre o potencial da organização de gerar e manter clientes satisfeitos e resultados