Metodologia - breve história das ciências
1.2. Breve História das Ciências
“A ciência tal como a conhecemos é, de fato, uma criação dos últimos trezentos anos. Foi feita no mundo e pelo mundo, que estabilizou sua forma por volta de 1660, quando a Europa sacudiu por fim o longo pesadelo das guerras religiosas e se estabeleceu numa vida de exploração comercial e industrial. A ciência está incorporada nessas novas sociedades; foi feita por elas e ajudou a fazê-las. O mundo medieval era passivo e simbólico; via nas formas da natureza a assinatura do Criador. Desde os primeiros balbucios da ciência entre os mercadores aventureiros da Renascença, o mundo moderno tem sido uma ativa máquina. Tornou-se o mundo do dia a dia comercial do século XVII, e os instrumentos da ciência foram apropriadamente a Astronomia e os instrumentos de viagem, entre eles o ímã. Cem anos mais tarde, na Revolução Industrial, os interesses transferiram-se para a criação e uso de energia. Manteve-se desde então esse interesse pelo anseio de extensão da força do homem e do que pode fazer-se num dia de trabalho. No século XIX, passou do vapor para a eletricidade. Depois, em 1905, aquele ano admirável em que, aos 26 anos de idade, Einstein publicou escritos que realizaram notabilíssimos progressos em três diferentes ramos da Física; foram formuladas também pela primeira vez as equações que sugeriam que a matéria e a energia são estados intermutáveis. Cinquenta anos mais tarde, dispomos de um reservatório de poder tão grande como o sol quanto à matéria, e que, ao que agora verificamos, produz o calor que nos fornece precisamente pelo aniquilamento de sua matéria.”[1]
Há diversas opções a serem consideradas quando nos propomos a traçar uma história das ciências: apresentar os principais nomes no progresso da ciência; destacar os trabalhos e livros mais importantes; estudar o progresso das teorias científicas; apontar