Metodo de imersão
Para alguns autores (Soares, Gilda, 1986) há relações do método global, com o método natural, com algumas diferenças: haveria uma produção mais "espontânea" de textos, que seriam escritos pelas crianças, de acordo com um repertório mínimo de palavras conhecidas pela classe. A partir daí, seria desencadeado um método natural de aprendizagem da leitura.
Para Anne Marie Chartier e Jean Hébrard (2001), o método natural protagonizado por Freinet e assumido por ele como uma adesão ao método global de leitura, teria como foco a produção escrita. Na tarefa de escrever, a criança teria necessidade de solicitar a um adulto um modelo gráfico das palavras. Para ele, a vontade de escrever da criança seria mantida por incentivos para que se comunicasse à distância. A leitura, assim, seria conseqüência da escrita. O adulto entraria informando, quando necessário, as formas escritas que estariam impedindo a criança de pensar no significado e, à medida que fossem escrevendo, gravariam a forma global das palavras. Estariam também atentas à decodificação, em fase posterior. A produção de uma imprensa pedagógica é central no método natural de Freinet. Nesta pedagogia, as crianças escrevem porque é preciso realizar um jornal escolar e trocar correspondências. Percebe-se, assim, que a produção de textos visava a cumprir uma função social.
Na apropriação feita pelos professores franceses, o método natural sofreu algumas alterações: após discussões livres, os professores encaminhavam com a classe a escrita de uma frase ou texto, lido e copiado no caderno. O texto era transformado em letra script e depois impresso com a escolha dos alunos "tipógrafos do dia". Esse texto era conservado na versão copiada e impressa, impresso em cartolina e cortado em tiras para ser remontado.
A questão da decodificação só se tornava necessária, em determinada época do ano, na qual os alunos trocavam arquivos entre salas e era necessário ler palavras