metodo de analise de suco de laranja completo
A.M.F. Raposo*; A.P.R. Viveiros*; M.C.C. Batoréub
Laboratório de Toxicologia, Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa a Assistente Doutorada de Toxicologia (cmlc@ff.ul.pt) b Professora Associada e responsável pelo Sector de Toxicologia
*Projecto realizado no âmbito da cadeira de Toxicologia I
Editado por: Jorge Gaspar
RESUMO:
Existe uma grande preocupação ao nível da Comunidade Científica e na população em geral acerca dos efeitos das dioxinas e em particular a sua toxicidade. O interesse do estudo destes compostos reside não só na sua toxicidade aguda e crónica mas também na sua ecotoxicidade resultante da dispersão em todos os compartimentos ambientais, da sua elevada persistência e alta capacidade para se bioacumularem nos níveis tróficos superiores. Este trabalho tem como objectivo dar informação geral sobre os compostos do grupo das dioxinas e furanos quanto às características físico-químicas, fontes emissoras, vias mais prováveis de exposição e toxicidade humana. O estudo revê também de forma sumária as acções que as organizações internacionais (OMS, EPA, UNEP e
UE) têm vindo a desenvolver para avaliação e controlo do risco de exposição humana às dioxinas.
O QUE SÃO DIOXINAS?
As dioxinas e furanos são compostos poli-clorados cujo núcleo central é formado por dois anéis de benzeno ligados por um ou dois átomos de oxigénio que formam um terceiro anel central. A numeração indica a localização dos átomos de cloro nos átomos de carbono do esqueleto aromático tal como se indica na Figura 1. É de destacar que os compostos com mais substituintes de cloro são os mais ecotóxicos e assumem especial toxicidade ao nível dos organismos vivos sempre que esses substituintes se localizam nas posições 2, 3, 7 e 8.
As dioxinas são um grupo de cerca de 75 compostos aromáticos clorados de estrutura semelhante enquanto para os furanos se conhecem 135 compostos afins (Ferreira et al., 1999); a