Metodo cientifica

Resenha: 1984, de George Orwell
Se tem um livro que jamais vai envelhecer ou torna-se obsoleto, é 1984. Esta é uma daquelas obras que causam impacto no mundo a ponto de dividirem uma época para antes e depois da sua publicação. Mesmo no ano de 2011, em pleno século XXI, as ideias levantadas por George Orwell no livro continuam atuais, em evidências e polêmicas; as discussões em torno dela são intermináveis, haja vista os "Big Brother's", "Casa dos Artistas" e "Fazendas" da vida, que, para quem não sabe, foram inspirados na ideia central da obra.
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Um dos romances orwellianos de maior carga política e talvez a mais conhecida das antiutopias, 1984 é uma advertência belamente escrita contra os perigos do totalitarismo.
Winston Smith pertence ao baixo escalão do partido dominante londrino, e seus passos são constantemente vigiados por meio de telas eletrônicas. Para onde quer que ele vá, é observado pelo Grande Irmão, líder onisciente do partido. Para se perpetuar no poder, as autoridades eliminaram do vernáculo todas as palavras associadas ao conceito de rebelião, criando a inofensiva Neolíngua. "Crimideias" (pensamentos subversivos) são proibidas por lei. Winston, que trabalha para o Ministério da Verdade alterando registros históricos em benefício do partido, se sente frustado e oprimido pelo cerceamento imposto ao pensamento, ao sexo e à individualidade. Infringe a lei quando adquire um diário para anotar suas ideias e passa as noites vagando pelas áreas pobres da cidade, onde moram as "proles" relativamente livres de monitoração. Ele se apaixona por Julia, outra servidora do partido, mas é denunciado por um espião. Em seguida é torturado até renegar seu amor e se sujeitar a norma.
O livro foi escrito em 1949, nos primórdios da era nuclear e antes da massificação da